segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Reciclagem, ou o New Deal cá do sítio

Poesia, poesia e mais poesia... Volta e meia vejo ali uma prosazinha, mas nada de significante, ou de verdadeiramente importante. Hoje, trago-te a ti, meu fiel contador de histórias, algo que não é nem de perto nem de longe, uma poesia, mas sim uma epopeia...

Como deu para perceber pela ausência, eu vagueei pela sombria solidão, tive momentos em que respirar era um sacrifício, e viver era um esforço... Tive momentos de euforia, momentos de tristeza, momentos de melancolia, momentos de perdição...

No fundo de várias garrafas encontrei o meu refúgio, em cada cigarro encontrei o meu rastilho, que um dia me faria rebentar e não mais estar nesta esfera deturpada...

Isto, foi o meu passado antes "dela"...

Deixa-me agora situar-te. Existe sim uma "ela"... (Aliás, o último post foi para ela mesmo)

E essa "ela", que existe, é uma vencedora... Tanto mais não seja, porque está a fazer o que gosta, onde gosta, e com quem (mais ou menos) gosta...

        E eu estou aqui...

"Ela", para além de linda, é sensível, sorri de uma maneira que só ela sabe, e consegue a proeza de me fazer acalmar, o que convenhamos, não é nada fácil...

        E eu continuo aqui...

"Ela", consegue o impossível - Em plena rodoviária, à entrada do autocarro que me traria de volta ao meu triste canto, eu não consegui conter mais as lágrimas, e abraçado a ela, chorei... Porque não mais queria voltar aquela que hoje é a minha casa, mas que amanhã espero que não passe de "casa dos meus pais"...
Porque eu não queria deixá-la sozinha ali, e porque eu não quero ficar sozinho aqui...

        E eu ainda aqui estou...

Por "ela", eu vou fazer algo que nunca pensei... Vou fazer algo, que ninguém nunca sonhou... Por "ela", eu vou até onde for preciso, e mais não digo...

Porque "ela", é tudo...

"Sem ti tudo é nada! Nada...
Volta p'ra mim, que eu sem ti
Morro! Morro de amor..."

         Venusmonti - Não Mais
http://www.youtube.com/watch?v=5k-LDZLmz2M

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Pensamentos soltos

Apaixonei-me...

Pelo menos eu penso que sim...

Penso em todas as pequenas coisas que para mim significam "estar apaixonado", e todas envolvem ver-te sorrir... Saber que estás bem... Saber que és feliz... Saber que eu contribuí para essa felicidade....

Como é que eu explico o que é para mim "este Amor"? Como é que se explica um sentimento?

O amor não é para ser explicado, é para ser vivido!

Posso é tentar demonstrar o que é para mim o Amor... E vou fazê-lo!

Se Amor é aquele sentimento que nos faz sentir que todos os pequenos problemas se tornam crises irreparáveis,
Se Amor é aquele sentimento que nos faz sentir que todos os segundos não são suficientes para estar com "aquela pessoa",
Se Amor é aquele sentimento que nos faz sentir que todas as pessoas são irrelevantes quando comparadas com "ela",
Se Amor é aquele sentimento que nos faz sentir que basta um sorriso "dela" para nos fazer sonhar mais e mais alto,
Se Amor é aquele sentimento que nos faz sentir que com meia palavra se consegue dizer tudo,
Se Amor é aquele sentimento que nos faz sentir que apenas um olhar faz mais que milhões de palavras,
Se Amor é aquele sentimento que nos faz sentir que existem finais felizes,
Se Amor é aquele sentimento que nos faz sentir que tu és a tal...

Então eu estou apaixonado...
E tu és a culpada disso...

Sabes bem quem és... O próximo capítulo desta história será escrito quando ela assim o decidir... =$

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Para Quê?

Para quê tanta merda
Para quê tanta coisa
Para quê tanto amor
Para quê tanto sofrimento...

Sentimento de perda...
Coração de loiça
Que se quebrou de dor...

Um tormento
Que se tornou rotina

Uma vida
Que se tornou vazia
(de repente)

Sofrimento que apenas existe
Enquanto o teu nome permanecer
Em meus lábios cansados

Qualquer coisa que não é desejável
Acontece, e então?
Torna-te Imortal, meu cabrão
Não te deixes ficar vunerável...

O amor não te conhece
Ou, se conhece,
Contigo não simpatiza...

Que se foda isto tudo
Que se foda o amor
Que se foda os sentimentos
Que se fodam todos os beijos
Que se fodam todos os carinhos
Que se fodam as partilhas
Que se fodam as descobertas

Tempo perdido, que já não volta
Sentimentos sofridos
Coração que apenas sangra...

domingo, 9 de maio de 2010

Pietà

Escrever... O que é escrever?
Acto reflexo dum sentimento convexo...
Preciso de caneta, preciso de papel
Preciso de sentir, preciso de exprimir.

E então vejo... Então sinto...
E começo a exprimir o que sinto.
Escrevo uma realidade nua e crua
Mendigos e crianças a viver na rua.

Por vezes a ilusão domina
E daí nascem todas as fantasias,
Que em mentes frágeis, são meras profecias...

Escrever é um acto de piedade
Para com o papel virgem.
Dai-lhe um sentido, que ele transmitirá a verdade.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Vícios

Nascemos e somos prontamente
Viciados em coisas que não controlamos
Desde saquinhos de água quente
A uma democracia que desprezamos.

Sociedade corrupta, pensa duas vezes.
Desta vez, tens oposição.
Que a Anarquia irá reinar, durante meses
Destruiremos a tua tradição.

Crescemos e vamos sendo afectados
Por vícios e morais corruptas.
Sociedade de animais conspurcados
Há mais igualdade entre as putas.

Sociedade corrupta, pensa duas vezes.
Desta vez, tens oposição.
Que a Anarquia irá reinar, durante meses
Destruiremos a tua tradição.

Criticam o tabaco que fumamos
Criticam o álcool que bebemos
Criticam o sexo que fazemos
Criticam o que não estudamos.

Sociedade corrupta, pensa duas vezes.
Desta vez, tens oposição.
Que a Anarquia irá reinar, durante meses
Destruiremos a tua tradição.

Rompa-se o que é Velho
Tinjam-se os céus de vermelho.
Que venha a Revolução,
Acalente-nos o coração.

Sociedade corrupta, pensa duas vezes.
Desta vez, tens oposição.
Que a Anarquia irá reinar, durante meses
Destruiremos a tua tradição.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sintra, ao luar

Delirando em torno de ti descubro
Todas as coisas que me fazem recordar
Aquele pálido rosto, ardente e rubro
Sob a carícia de nossos beijos ao luar.

Quantas vezes percorri eu estes caminhos,
Estas estradas, estes atalhos, para contigo
Me encontrar, onde pudessemos estar sozinhos.
Que será feito daquele velho mendigo???

Ele, que apenas com a roupa do corpo
Tinha em sua posse, o maior tesouro do mundo
Uma lágrima tua, cristalina como água de poço fundo...

Que será feito dele? Que é feito de nós?
Onde estás tu agora, meu amor...
Partiste, e no teu lugar, ficou apenas a dor...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Floresta Oculta

Outros dias vêm, breves e sombrios.
Nos vales que habitam os homens,
Vivem criaturas de corações frios
Esperando-te no caminho quando vens...

Em todas as florestas há um monstro
- seja um ogre, seja um lobo - naquela,
Habitam vários, pintados a aguarela.
Eu apenas vos estou a tentar demonstrar...

Que em todas as florestas, há coisas...
Estranhas porventura, mas bestas
Que apenas existem nas nossas cabeças!

Ou será que não? Porventura, na tua floresta
Tens um monstro como este, armado de loiças
Que parte, acabando a nossa festa...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Pierrot, amigo que me conheces

Entre aguardente de medronhos
Penso em ti, caro amigo
Pierrot, personagem dos meus sonhos,
Em minha história contigo.

Há tantos anos que te conheço
E nem de longe me pareço
Contigo, que meus sonhos habitas,
E neles vês imagens explícitas.

Os meus anseios, os meus pesadelos,
As minhas angústias, as minhas paixões...
Pierrot, não me deixes quebrar corações.

À luz da Lua, penteia os cabelos
Aquela que me faz pensar...
Pierrot, aquela que me faz amar...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O oceano chama pela garrafa

22 horas, poltrona. Casa, quanto anseio por tua frieza...

A Kronos dirijo estas palavras,

Temos o tempo que a nós dedicas, amado Deus... Vivemos, morremos. Nascemos, crescemos, florescemos, deixamos os nossos frutos pelo mundo, e num piscar de olhos, somos apenas adubo.
Será que alguma vez deixamos de ser adubo? Será que somos apenas isso? O pó que amanhã cobrirá as estradas por onde passam as pessoas?
Pó... Resumimos-nos a pó? Poeira que entra num olho, incomoda e no fim desaparece quando menos esperamos? ou seremos algo mais?
Somos eternos? Eu sei que a Eternidade faz parte da minha vida... Kronos, sou um de teus Discípulos, vivo segundo a tua vontade... Capricórnio tu comandas, Capricórnio é o teu mundo, Capricórnio é o teu povo...
A Eternidade está do nosso lado, ó Pai. Tu, que apenas tens o início como memória, o presente como lufada de ar que te chega, o fim como uma luz ao fundo do túnel. Tu, que jamais perdes o teu trono, que Zeus usurpa, mas que jamais ocupa com o mesmo explendor que tu... Strategos, comanda o teu povo, leva-nos de novo ao Olimpo...
Estas palavras que escrevo, não farão sentido quando as leres, sejas tu, seja quem as encontre... Tenho noção disso, mas meu Senhor, como é possível que não me entendais, quando no nosso coração bate o mesmo coração, que ferve de Amor sem no entanto transparecer, quando nas nossas mentes apenas a Perfeição é admitida, apenas existe uma hierarquia, onde nós somos tudo abaixo de ti, e nunca sem ti? Quem somos nós, para além de sermos teus filhos? Sois apenas uma paixão que nos assola, ou talvez um sentimento que se perpetua?
Encontro em meu discurso numerosas falhas, admito-as todas. Seja uma forma próxima de te falar, Pai, seja uma forma mais distante. Somos assim, estranhos no nosso mundo... Nós nascemos para a guerra Pai, no meio do Inverno, nós sobrevivemos, vingamos, crescemos, fazemo-nos Homens, talvez Gregos, por mim falo, Lusitano sou, e assim morrerei...

A ti rogo, Kronos, que me iluminais o dia, pois este teu filho está em dificuldades, e não vive, apenas existe... Eis uma ocasião em que a Eternidade não joga a nosso favor... Será essa a nossa maldição, Pai?

Enrolho mais uma mensagem, na ânsia que desta vez o Mar Oceano, casa de Poseidon, acolha estas palavras...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Amando vivo, amando sofro...

Amando vivo, amando sofro...
Teu coração a mim não pertence,
Teu nome nos meus lábios, um sopro
Claro e puro como vidro marinhese.

Teus olhos castanhos que chamam
Em meus olhos castos vejo
Todo o clamar de um beijo
Que meus lábios a teus furtam.

Somos duas almas unidas,
E nossas vidas serão repartidas
Entre Amor e Paixão ardente.

E na Derradeira Hora,
Deus, deixa-me ir embora,
Que sem ela vivo somente...