segunda-feira, 27 de abril de 2009
Para quê amar?
Sons que escuto
Sons que se levantam do chão
Desprendem-se das árvores,
Do metro, do avião.
Ando no campo, e oiço
Sons que me chegam do rio
Soltam-se dos campos,
E do bosque bravio.
Ando onde tenho de andar,
Escuto sempre com atenção
Para que nunca me escape
o leve vislumbre de uma canção.
No mundo que nos rodeia,
Encontramos fontes de sabedoria.
Seremos sempre eruditos,
Apesar da nostalgia.
Somos invadidos por singelas coisas
Que entram no nosso quotidiano.
Coisas essas que por singelas
Serão sempre do nosso dia-a-dia mundano.
Pequenos sons,
Gargalhadas, choros, gritos
Carros que passam,
(por vezes apitos)
Polícia em perseguição,
(bandido em fuga)
E mais um crime que ocorre
Sem que haja culpa...
Pequenos sons,
Que invadem o meu dia-a-dia
Sons sem fonte aparente,
Mas que me cultivam alegria.
Seja pela polícia que se sente
Frustrada com a gatunagem
(filhos da puta mal sabem o que os espera)
Passaremos á Lei Marcial
Recolher obrigatório nas ruas
Bandidos andam por aí
De armas em punho correm
Mataram quem os viu roubar.
Os sons diferem do original
(lembram-se do som dos pássaros?)
Eis de novo, a nostalgia que se instala
e nós, que ficamos sem nada...
Ah, o quanto quero voltar
Ao sossego das terras de Cister,
Abrir as janelas e nao ter medo
Dos sons que por ela entrarem
domingo, 26 de abril de 2009
. . .
Gostava de saber...
Pois já não sei...
Gostava de sentir...
Pois já não sinto...
Gostava de amar...
Pois já não amo...
Porque vivo cada dia na expectativa
Que o nascer da lua me traga
A eterna felicidade desejada
Pois não aceito uma relação não sentida
Eis um frio que se instala,
Porquê?
(será um prelúdio do futuro?)
Uma chama que se apaga
E entra neste poema mais um pobre coitado
Que não sabe sequer o que faz nesta vida
E mal pensa em saber quem é
Descobre que nunca foi
Pois já não sabe...
Pois já não sente...
Pois já não ama...
Pequenas Divagações
Não sei quem sou, nunca o soube…
Para quê saber? Um dado adquirido
É o facto de estar vivo.
Nunca soube porque vim ao mundo…
Para quê saber? Se no fundo
Todo o Sofrimento e Dor são confrontados com o Amor.
Apenas sei porque não consigo chorar,
Porque será?
(uma coruja pia na noite… O pinhal saúda-vos!)
Ah, é verdade… Porque será?
Para quê procurar sempre respostas para tudo?
Apenas para sentir um pequeno tremor
Da efémera essência daquilo a que chamam
"Alegria"?
Poupem-me caralho…
Há muito mais que virtudes e vicissitudes