segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sons que escuto

Ando na rua, e oiço
Sons que se levantam do chão
Desprendem-se das árvores,
Do metro, do avião.

Ando no campo, e oiço
Sons que me chegam do rio
Soltam-se dos campos,
E do bosque bravio.

Ando onde tenho de andar,
Escuto sempre com atenção
Para que nunca me escape
o leve vislumbre de uma canção.

No mundo que nos rodeia,
Encontramos fontes de sabedoria.
Seremos sempre eruditos,
Apesar da nostalgia.

Somos invadidos por singelas coisas
Que entram no nosso quotidiano.
Coisas essas que por singelas
Serão sempre do nosso dia-a-dia mundano.

Pequenos sons,
Gargalhadas, choros, gritos
Carros que passam,
(por vezes apitos)

Polícia em perseguição,
(bandido em fuga)
E mais um crime que ocorre
Sem que haja culpa...

Pequenos sons,
Que invadem o meu dia-a-dia
Sons sem fonte aparente,
Mas que me cultivam alegria.

Seja pela polícia que se sente
Frustrada com a gatunagem
(filhos da puta mal sabem o que os espera)
Passaremos á Lei Marcial

Recolher obrigatório nas ruas
Bandidos andam por aí
De armas em punho correm
Mataram quem os viu roubar.

Os sons diferem do original
(lembram-se do som dos pássaros?)
Eis de novo, a nostalgia que se instala
e nós, que ficamos sem nada...

Ah, o quanto quero voltar
Ao sossego das terras de Cister,
Abrir as janelas e nao ter medo
Dos sons que por ela entrarem

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